terça-feira, 4 de novembro de 2014

"Todo amor é infinito"

Quantas perdas já tivemos em nossas vidas? Quantos adeus inesperados precisamos dar? Muitos né?
Ao longo da vida, perdemos muitas pessoas, alguns se mudam, outros se afastam, outros morrem e somos obrigados a dizer adeus. Tarefa dolorida essa né? Mas infelizmente necessária.
Um adeus sempre nos machuca. Quando falamos em perdas sentimos tristeza, falta de fé e esperança, dor, solidão e medo. Afinal, nunca estamos preparados para perder aqueles que amamos e são importantes para nós.
Um amigo que se muda para longe, um namoro interrompido e até mesmo um ente querido que se vai, sempre provoca em nós uma sensação de vazio.
E por que isso? Por que sofremos tanto mesmo sabendo que essas perdas ou partidas inesperadas são situações inevitáveis da vida e que, portanto, não podemos controlá-las?
A verdade é que nunca estaremos prontos para nos acostumarmos com a falta dos que amamos. Por mais que saibamos que a qualquer instante eles nos faltarão, sempre acreditamos que quem nos ama nunca nos trairia, nos privando de seu afeto, carinho e amor.
Mas são justamente aqueles que amamos que mais nos machucam com suas partidas inesperadas. Vão-se sem aviso prévio e nos levam a felicidade, a fé na vida e o equilíbrio.
O que fazer então? Não amarmos? Não nos permitirmos gostar de alguém pelo simples fato de que seremos, mais cedo ou mais tarde, deixados para trás na vida, entregues às nossas angústias e remorsos por não termos dito tudo ou feito o suficiente por eles?
Claro que não.
Se há algo na vida que mais nos traz felicidade é sabermos que somos queridos e não seria honesto nos privarmos de tal sentimento por covardia.
Mas todos que entram em nossa vida nos ensinam algo que devemos levar por toda vida.
Eles nos ensinam a amar infinitamente, na verdade, nos ensinam que todo amor é infinito.
O amor verdadeiro não se acaba com a distância, um amigo distante continua te amando como antes.
A distância não existe para o amor, apenas para o corpo. Aqueles que nos amam estão sempre perto de nós, pois estão sempre em nosso coração e nós sempre estaremos nos corações deles.
O amor deve sempre vencer o medo da perda, pois ela é inevitável. O sentimento por sua vez não.
Deve ser exercitado todos os dias de nossas breves vidas.
Ele é o que nos move, nos dá o chão para que possamos caminhar pela vida com a certeza de que, haja o que houver, teremos sempre alguém com quem contar, que nos apoiará mesmo nos momentos em que não tenhamos razão. Esse sentimento vai muito mais além do espaço e do tempo, não se limita ao contato físico.
Torna-se parte de nós, impregnando em nossa alma, nos confortando nos dias difíceis, sendo cúmplice de nossas vitórias pessoais, norteando nossa conduta, nos fazendo sentir eternamente amados.
Neste caso, acredito sim que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço.
Basta que permitamos sentir a presença dos que amamos dentro de nós, como se fossem parte de nossa alma. Só assim seremos inteiros.
E essa é a lição principal deixada por aqueles que partem inesperadamente. Lembrar-nos que devemos amar e curtir ao máximo aqueles que são importantes para nós enquanto temos tempo. Pois quando eles nos faltarem, teremos a certeza que amamos e fomos amados, cuidamos e fomos cuidados, demos e recebemos carinho necessário, criamos um laço que nenhuma perda será capaz de destruir.
Portanto, não tema a distância, ame apenas.
E lembre-se: 

"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixa sós. Deixam um pouco de si, levam um  pouco de nós".


(Nathalia Souza)

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